Esta é a história da indecência do cagalhão.

 

Numa interrupção grotesca da sublime experiência de mandar o cagalhão, em família, na épica jornada de reencontro com os entes perecidos. No momento imediatamente antes da vertiginosa mas merecida descida, num frenesim e êxtase, já com o vislumbre da merecida luz ao fundo do túnel, o cagalhão, num rompante e ruidoso estrondo ouve e vê-lhe fechadas as comportas estriadas, ainda com as marcas dos conterrâneos partidos, do buraco do cú. A este pobre excedente é lhe dito que volte para trás, como se dalgum male pagasse, e se visse novamente confinado ao purgatório intestinal. Triste, desolado, de volta ao ponto de partida lá está ele, a soprar fúria e indignação que escoa como brisa que irrompe as barreiras até ao fim do túnel, até onde o sol não bate e se liberta gritando ao mundo: “mulherzinha não te esqueças das chaves que o teu homem ainda não acabou de cagar”!!